O
Revº Padre Dr. António Dinis nasceu em Espariz,
no Concelho de Tábua, em 10/06/1940.
Frequentou
os Seminários Diocesanos a partir de 1952
e recebeu a ordenação Presbiteral em 18/08/1965,
na Figueira da Foz.
Foi
nomeado para as paróquias de Colmeal e
Cepos em 1965 e, em 1967, foi nomeado para Góis
e Celavisa, que serviu até 1979. Nesse
ano, a 4 de Novembro, com 39 anos de idade, iniciou
as suas funções na Paróquia de Santa Cecília (Benfeita),
tendo recebido, também, a nomeação
para as paróquias de S.Miguel (Côja)
e de Santo António (Cerdeira), tendo sucedido
ao Padre Carlos da Cruz Cardoso, que esteve em
funções desde 1976 e que, nessa altura, foi nomeado
para o seu lugar, em Góis e Celavisa. Em
1988, juntou à sua actividade pastoral
a direcção espiritual das paróquias
de Barril, Cepos e Teixeira e ainda, em 2000,
a paróquia de Folques.
Era
licenciado em História, pela Faculdade de Letras
da Universidade de Coimbra, tendo sido docente
na Escola Básica Professor Mendes Ferrão, em Côja,
e na Escola Secundária de Oliveira do Hospital.
Em
2001 a edilidade goiense deliberou atribuir o
seu nome a uma rua da vila de Góis, onde foi pároco,
professor e dinamizador do Grupo de Juventude
de Góis, para além de ter sido autor de estudos
monográficos sobre figuras goienses.
Em
07/09/2011 foi agraciado com a Medalha de Ouro
do Concelho, pelo Presidente da Câmara Municipal
de Arganil, gesto que traduz o reconhecimento
e o agradecimento de todos, pelas obras que abraçou
e desenvolveu com sensibilidade, carinho e dedicação
em várias freguesias de Concelho em prol dos idosos,
das crianças e dos mais carenciados, salientando-se
o Centro Social e Paroquial de Côja com as valências
de ATL, Centro de Dia e Lar para Idosos e o Centro
Social e Paroquial da Benfeita, com as valências
de Centro de Dia, Apoio Domiciliário e Lar para
Idosos.
Cessou
a sua actividade sacerdotal, a seu pedido, por
motivos de saúde, em 30/09/2012.
Sacerdote
estimado e muito respeitado por toda a população
da Benfeita, o Revº Padre António
Dinis faleceu no dia 21 de Dezembro de 2013, com
73 anos de idade, vítima de doença
prolongada.
Alguns
depoimentos sobre o Padre Dinis:
Carlos Cerejeira:
-
Falar
do Cidadão, do Professor e do Padre António
Dinis, é muito gratificante para quem o acompanhou,
quase em permanência, ao longo de muitos anos,
em várias situações e momentos, determinantes
para a CAUSA que abraçámos, denominada SOLIDARIEDADE
SOCIAL. Em Coja e Benfeita, convivi muito
com este SENHOR e posso afirmar que a sua
passagem pelas duas freguesias deixou marcas
indeléveis, em vários domínios, designadamente
no Social e Religioso. António Dinis morreu
fisicamente. Espiritualmente, continuará entre
nós, porque a sua obra perdurará.
Maria
do Rosário Rodrigues Pimentel:
-
O
Senhor Padre Dinis foi uma benção
de Deus na minha vida e estará para
sempre na minha memória e no meu coração.
A ele serei sempre muito grata pela oportunidade
profissional que me deu no início da
minha carreira e por todos os ensinamentos
que adquiri, humildemente, durante os nove
anos de serviço no Centro Social e
Paroquial da Benfeita, de 6 de Dezembro de
1993 a 31 de Dezembro de 2002, e que muito
me ajudaram a crescer profissionalmente.
-
Na
sua nobre missão em sociedade, o Senhor
Padre Dinis dedicou a vida às pessoas,
através de um quotidiano perpassado
de alegrias e vitórias; dificuldades
e esforço; alento, desânimo,
determinação e autenticidade.
-
A
vida do meu Mestre e amigo Padre Dinis foi
marcada por um enorme poder de realização
à frente das suas Paróquias
e das Instituições Particulares
de Solidariedade Social, em que manifestou
uma inegável e profunda atitude de
serviço aos outros. Era um amigo que
muitas vezes, nos momentos difíceis
da vida, nos transmitia com segurança
que "a vida é bela" pois,
no seu entendimento, o ser humano, nas maiores
adversidades, tem sempre o apoio de Deus.
As suas palavras de confiança, de esperança
e de alegria foram sempre uma preciosa ajuda
para ultrapassar as dificuldades da vida.
Vivaldo
Quaresma:
-
Nesta
época natalícia em que os nossos corações
rejubilam com as comemorações do nascimento
de Cristo, a vida, na sua mais extrema e cruel
expressão da verdade, confrange-nos o coração
com a partida de um homem culto, estimado
e respeitado por todos.
-
A
ideia de que nascemos e que, um dia, morreremos,
é a mais verdadeira certeza que toma conta
de nós quando vemos partir as pessoas que
nos são próximas e queridas. Tentamos organizar
as nossas vidas para que esse dia, quando
chegar, surja sem surpresas; mas, a nossa
mente, rejeita sempre a confrontação com tais
pensamentos. Será que, algum dia estaremos
verdadeiramente preparados para essa dura
realidade?
-
Adeus,
Padre Dinis! Adeus, amigo! Nesta última viagem
partirás para dentro de todos e cada um de
nós, onde viverás confiante, sorridente e
amigo, nas nossas recordações, nos nossos
corações e nas nossas orações. Requiescat
in pace!
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