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O fim da Guerra na Europa |
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Com apresentação de Pedro Pinto, a TVI exibiu no Jornal Nacional de 7 de Maio de 2009, às 21:17, um apontamento sobre a comemoração do 7 de Maio, na Benfeita. |
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Mais um ano se cumpriu a tradição Benfeitense ao comemorar o fim da Guerra na Europa que ocorreu, finalmente, com a assinatura da capitulação nazi, em 7 de Maio de 1945. |
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O Sino da Paz tocou, mais uma vez, como tem feito desde há 64 anos, para evocar o período em que os portugueses se sacrificaram durante o 1º conflito europeu e escaparam à participação no segundo, graças à vontade inabalável de Salazar que, até ao final da disputa, conseguiu manter o estatuto de neutralidade. |
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Eliseu Fonseca, explica a forma como, na Benfeita, se tomou conhecimento do já tão aguardado final das hostilidades, supostamente, mesmo antes do próprio governo de Lisboa. Um funcionário de uma firma inglesa, na cidade do Porto, ao tomar conhecimento da assinatura da rendição das forças alemãs, telefonou imediatamente à sua mulher, residente na Benfeita, onde sabia que o Sino da Paz, já instalado na Torre, tocaria, pela primeira vez, para anunciar o fim da guerra na Europa. E assim se iniciou esta tradição, a 7 de Maio, embora a rendição só se tornasse efectiva a partir do meio-dia, do dia seguinte. |
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Como não podia deixar de ser, a música regional aconteceu e cantou-se o Hino da Paz, embora as vozes das senhoras do grupo já estivessem a denotar um ligeiro cansaço e alguma desafinação. |
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Alfredo Martins, presidente da Junta de Freguesia, falou sobre esta antiga tradição benfeitense com que alguns habitantes da aldeia quiseram manifestar o seu reconhecimento perante a nação, pelo facto de Salazar ter conseguido manter a neutralidade durante todo o conflito e Portugal não se ter envolvido, não havendo a lamentar a perda de vidas de soldados portugueses. |
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António Martins, o "ti Mina" da Benfeita, antigo guardião da Torre, do Sino e do Relógio, já afastado dessa missão por motivos de saúde, e que voluntariamente abraçou ao longo de mais de 60 anos, explica à TVI como, naquela tarde, correu voando para a aldeia e ajudou a tocar o sino, sobre os andaimes da torre, ainda em fase de construção e ainda sem o automatismo do relógio, mandado instalar por gente importante da Benfeita. |
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No recinto, a população escutava o toque solene do Sino da Paz, enquanto o mecanismo do velho relógio continuava a repicar as 1620 badaladas que evocam o número de dias que durou a 1ª Grande Guerra e na qual os portugueses tomaram parte. Assim se comemora o fim da Guerra na Europa e a Paz Portuguesa, graças ao facto de Salazar ter conseguido evitar, até ao fim, a participação portuguesa, na 2ª Guerra Mundial. |
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O velho mecanismo do relógio sofre com a limitação física da altura da torre, a qual, por ter apenas 11 metros, não é suficientemente alta para enrolar um tamanho de corda que permita tocar, de uma só vez, as 1620 badaladas. Este facto obriga a um novo enrolamento manual, com a ajuda de uma pesada manivela, depois de tocadas metade das badaladas. |
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Na Benfeita, a tradição ainda é o que era; esperemos que se mantenha por muitos e bons anos e que o toque do nosso Sino da Paz contribua para afastar os portugueses dos perigos das guerras e mantenha a nossa BENFEITA linda e próspera. |
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Texto de V.Quaresma - Maio 2009 |
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