QUADRAS SOLTAS
Os versos aqui apresentados foram recolhidos de diversas fontes e foram
aqui adicionados à medida que iam sendo encontrados; não havendo, portanto,
um critério coerente de apresentação. Alguns dos seus autores esconderam-se
por detrás de pseudónimos, o que não nos permite, agora, aprofundar
a sua origem ou obra feita; porém, uma coisa maravilhosa tinham
em comum - o seu grande amor à Benfeita!

Quando a Benfeita deixei
Para viver na cidade
É que em meu peito encontrei
Essa palavra "Saudade".
No labirinto da vida
Ninguém consegue esquecer
A pequena aldeia querida
Que um dia nos viu nascer.
Maria Beirão
Maio 1968

Fui admirar a Benfeita,
Desde a igreja a Santa Rita
E gostei de a ver perfeita,
Progressiva e tão bonita.
Velho admirador
Outubro 1967

Benfeita és rosa em botão
No bouquet dos meus amores
Trago-te no coração
Junta com outras flores.
Maria Beirã
Agosto 1967

Do alto da sua pianha
Santa Cecília te guarda,
E protege a gente humilde
Que ri, que reza e trabalha.
Tens em ti tanta beleza,
Santa Cecília te vela,
És estrela de grandeza
Benfeita terra singela.
Ilhéu
Janeiro 1967

Benfeita, serrana bela,
Terra de nobre cartaz:
No mundo inteiro, só ela
Possui o Sino da Paz!
Trovador Beirão
Dezembro 1966
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És pequena eu bem sei
Linda aldeia portuguesa.
Benfeita que sempre amei
Onde se trabalha e reza.
Foste berço de poetas
De ministros e doutores.
És sempre uma porta aberta
Benfeita dos meus amores.
Ilhéu
Julho 1966

Sempre atento e vigilante
Da sua beleza altaneiro
Olhando por toda a aldeia
Lá está o velho Outeiro.
Agora já estão ligadas
A Estrada à velha Praça;
São duas coisas velhinhas
Mas sempre cheias de graça.
Um pouquinho mais abaixo
Há um silêncio profundo...
Até dá gosto matar a sede
Na fresca Fonte do Fundo.
Daqui se avista a paisagem
Tão airosa e tão garrida
De verde-erva salpicando
A majestosa Avenida.
Vai-se ter ao Areal
Cheio de cor e de luz
Durante a festa de Agosto
Que a todos nós seduz.
Guarda a pequena Ribeira
Tesouro mui secular:
-É a aldeia da Benfeita
Que o povo bem sabe amar!
Maria José de Jesus dos Santos
Agosto 1963
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