Obras no Santuário
A Capela da Senhora da Guia, também conhecida por Igreja de Nossa Senhora das Necessidades,
foi mandada construir por Manuel Simões, em 1846. Já em ruínas, o templo foi totalmente
reconstruído e remodelado cerca de 120 anos depois, por iniciativa e responsabilidade pessoal do
então pároco da freguesia, Padre Joaquim da Costa Loureiro que, tendo iniciado as obras
em 1961, as conseguiu terminar em 12 de Setembro de 1965, data da sua
inauguração, graças à devoção das senhoras e meninas da freguesia
que se envolveram numa excepcional cruzada de angariação de fundos, acorrendo
a um apelo do prior.
Quarenta e dois anos depois,
a Igreja da Senhora das Necessidades está, de novo, na reforma. As obras
de remodelação iniciadas em 2006 ainda não terminaram, mas está prevista a sua conclusão
para ainda antes das festas do 15 de Agosto. A igreja está diferente e quem a vê, de frente,
já não a reconhece. A torre que tanto a caracterizava, foi substituída por uma vulgar cúpula de cruz e o alpendre frontal que também a identificava,
emprestando-lhe uma forte personalidade, também desapareceu.
Da mesma forma, as placas de xisto, que tanta força e autenticidade lhe transmitiam e a integravam
na região, também estão a ser substituídas por pedra branca, importada
de outras regiões. Já,
há muito tempo, que se fazia sentir nesta igreja a necessidade de obras de conservação, e
também de algumas beneficiações. Agora, que as obras já começaram,
já há quem diga que para melhorar e conservar não era preciso transfigurar, mas
também existe quem diga que a torre antiga nunca chegou a ser acabada por
falta de verba... é a eterna história dos gregos e dos troianos. Não se pode agradar a todos. Há pouco tempo atrás alguém sugeriu a construção de um alpendre sobre a porta da capela de São Bartolomeu.
Logo se organizou um peditório e se construiu um bendito alpendre novo.
Mas, pelos vistos, só o alpendre sobre a entrada da Capela de Senhora da
Guia já não era necessário. Alpendre esse que, aliás, ainda tinha
outras funções e utilidades, para além de proteger das agruras do tempo a porta da
capela, resguardava quem por debaixo dele se abrigasse em dias de chuva;
proporcionava conforto e bem-estar aos mais idosos que lá se sentavam para assistirem às festas e romarias realizadas no terreiro, no tempo
fresco ou no relento da noite; e servia de antecâmara da nave da capela, durante o serviço religioso, nomeadamente
em casamentos e baptizados, em casos de muito público.
Sobre o agora desaparecido alpendre, existia um varandim, do qual se desfrutava uma óptima vista sobre o terreiro e proporcionava um excelente local para sermões e
discursos de circunstância; mas, agora, com o novo coreto e uma aparelhagem de som, tudo isso, já é passado.
A capela de São Bartolomeu está de novo à sua sorte. Está pintadinha de branco e já tem
uma porta nova e o tal alpendre de que já se falou (por sinal, de
formato bem original). O alpendre protege a porta da acção da chuva; mas, já não a protege da acção destruidora
dos vândalos. Aqui não se registam visitas de quase ninguém, a não ser a de um meliante que meteu a porta dentro com um pé de cabra
(ou coisa semelhante) e danificou totalmente a fechadura, provavelmente a pensar
num "chorudo" conteúdo da caixa das esmolas. Só não levaram a
imagem do santo porque nem tem qualquer valor comercial, nem deve nada à beleza.
À volta do pequeno adro de xisto cresce o capim e a sensação de desolação aperta-nos a alma.
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E, enquanto se espera por mais um novo peditório para arranjar a aduela e a porta de
madeira, e colocar uma nova fechadura, a porta, que era nova e já não o é mais, lá vai ficando amarrada com uma corda, ao alpendre, para não bater com o vento.
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Obras na Ribeira
A praia fluvial avança decidida! O balneário toma forma e prepara-se para receber um revestimento em xisto. A piscina dos mais novos já se
percebe na zona de lazer e o muro de xisto para sustentação da barreira e apoio das bancadas já começou a ser construído. Só o ex-novo campo de jogos
não durou muito tempo! Esperemos que o próximo polidesportivo tenha melhor sorte do que o anterior e, já que estamos em matéria de desejos, que seja
melhor do que "aquilo" que lá estava. O projecto, porém, estava orçado em cerca de 100.000 euros e existe pouca margem para desperdício.
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