LUIZ DE FIGUEIREDO |
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Era filho de Luiz António Júnior, da Benfeita, e de Helena Máxima de Figueiredo, natural da Cerdeira. Concluiu a sua formatura em Direito na Universidade de Coimbra, em 1853, tendo fixado residência em Arganil, onde exerceu a advocacia. Em 1858 seguiu para Angola, como juiz de Direito, substituto, da comarca de Luanda, passando a efectivo em 1860 e a juiz da Relação de 1862 até 1865. Transferido para a Metrópole, foi colocado na comarca de Niza, tendo servido, depois, em diversas localidades. Foi despachado para o Porto, tendo chegado a presidente do Tribunal da Relação do Porto e conseguido uma posição de destaque na Magistratura, que serviu durante mais de 50 anos, e ascendido ao Supremo Tribunal da Justiça. Foi agraciado, em 1867, pelos bons serviços prestados no Ultramar, com o grau de Comendador da Ordem de Cristo, tendo igualmente sido louvado pelo Governo de Angola. Casou em 1880, com 54 anos de idade, com D.Maria Josefina da Cunha Pignatelli Esteves de Figueiredo, filha da Viscondessa de Tortozendo, D.Maria do Resgate Pignatelli Esteves de Carvalho e de Joaquim da Cunha Freire Pignatelli. Deste matrimónio nasceram três filhos: Luiz, Maria da Luz e José. Embora não se conheça que tenha feito, em vida, alguma coisa de vulto pela Benfeita ou pela sua gente, para além de aqui ter mandado construir a sua residência de férias, era sua intenção apoiar a Junta da Paróquia no alargamento do cemitério, que já se mostrava demasiadamente pequeno, e aqui mandar erigir um mausoléu para si e para a sua família. Mas, este seu desejo só viria a concretizar-se após a sua morte tendo a sua benemérita e ilustre família contribuído com todos os recursos necessários para esta importante obra. Porém, embora a ampliação do cemitério tenha sido completada, o projectado mausoléu não teve sequer início, pelo que, os restos mortais do velho juiz Dr.Luiz de Figueiredo continuam guardados em Tortozendo, no jazigo da família Amaral. O Dr. Luiz de Figueiredo, era homem
muito sério e delicado. Dele se contavam austeridades que o faziam
tomar por um homem extraordinário. Esta ilustre família desapareceu da Benfeita, não havendo nada que a lembre senão a casa que era a melhor da terra, mas na posse de estranhos. MÁRIO MATHIAS Veja, aqui: |
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