

O Site
da Benfeita oferece-lhe a possibilidade de ler,
a partir de hoje, e todas as sextas-feiras, um número
do jornal paroquial «O Facho», da autoria
do Padre Joaquim da Costa Loureiro (*1913 †1989),
na nossa página do Facebook.
Muitas são as pessoas que
dele guardam alguma saudade, principalmente porque
representa o tempo em que a Benfeita tinha muita
gente, muita actividade e muita vida; mas, também
foi a época em que se começaram a
construir muitas estradas que, no nosso caso, apenas
contribuíram para que as pessoas de lá
saíssem mais facilmente, para darem novos
rumos e nova esperança às suas vidas.
O Facho foi, durante o tempo da sua
existência, a luz cristã que foi mantendo
unidas ao seu torrão natal essas pessoas
que saíram da Benfeita, tendo contribuído
para que fossem recebendo mensalmente notícias,
conselhos e boa disposição, e com
isso suavizassem a saudade da sua terra e da sua
gente.
Os que nunca ouviram falar deste
jornal ou que nunca tiveram a possibilidade de o
ler, têm agora essa oportunidade no nosso
site, tendo esta publicação o único
propósito de homenagear a pessoa e a obra
do Padre Loureiro, sacerdote muito estimado na nossa
terra.
VIVALDO QUARESMA
Veja também:
Jornal «O Facho»
O Padre Loureiro
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AUTÁRQUICAS
2021
|
NA
BENFEITA
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Realizaram-se
hoje as décimas terceiras Eleições
Autárquicas portuguesas, depois da Revolução
dos Cravos, para eleger (no nosso caso) os candidatos
à Câmara Municipal e à Assembleia
Municipal de Arganil e às 14 Assembleias
de Freguesia que fazem parte do nosso concelho.
Terminada a contagem dos votos para
a Assembleia de Freguesia da Benfeita, foi reeleito
para Presidente da Junta de Freguesia, José Pinheiro,
do PPD/PSD, que já desempenhava estas funções
desde Outubro de 2017.
O resultado desta votação foi o seguinte:
PPD/PSD - 51,74%
UFB (ind) - 44,79%
PCP-PEV - 0,69%
Em branco - 0,69%
Nulos - 2,08%
Abstenção - 22,58%
Dos 372 eleitores inscritos na Freguesia,
foram votar 288 (77,42%), tendo sido atribuídos
7 mandatos para a Assembleia de Freguesia: 4 (PPD/PSD)
+ 3 (UFB).
VIVALDO QUARESMA
Veja também:
Eleições 2021, na Benfeita
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O
15 DE AGOSTO
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E
A PANDEMIA NA BENFEITA
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Todos
sabíamos que durante a 1ª fase do desconfinamento,
prevista para durar durante todo o mês de
Agosto, as festas populares e as romarias continuariam
proibidas em todo o país, embora as celebrações
religiosas fossem permitidas com uma redução de
lotação de 50%. Assim, na Benfeita, não se realizaram
quaisquer comemorações do dia de Nossa
Senhora da Assunção, padroeira da aldeia, para
além da missa em sua honra que se realizou na Igreja
Matriz, celebrada apenas pelo padre Daniel Rodrigues,
acompanhado por alguns elementos da Banda do Barril.
Estiveram presentes algumas dezenas
de fiéis todos usando máscaras e mantendo o distanciamento
obrigatório; no entanto, e ainda assim, o padre,
ao terminar a missa, apresentou a sua opinião crítica
contra a população local, informando que "no
nosso concelho, nomeadamente na paróquia da Benfeita,
os casos de Covid-19 continuavam a subir a pique
devido ao nosso descuido e à nossa irresponsabilidade
porque não temos os cuidados devidos, pois, o facto
de estarmos vacinados não é condição para estarmos
isentos de vírus e que a nossa região é visitada
por muitas pessoas de Lisboa e Vale do Tejo que
se passeiam, entre nós, sem cuidados nenhuns".
Esta opinião, perfeitamente desajustada,
não foi bem recebida pela Assembleia e muitos dos
presentes não compreenderam este comentário
do padre, uma vez que uma semana antes, no dia 7
do corrente, foi realizado um espectáculo cultural,
no "campo da bola" da Benfeita, promovido
pela Rede das Aldeias do Xisto, em colaboração com
a Câmara Municipal e a Junta de Freguesia, com entrada
livre, onde estiveram presentes dezenas de pessoas
que cumpriram as regras da DGS, quanto ao distanciamento
e ao uso de máscara, não havendo no local qualquer
autoridade que tivesse inibido ou criticado a sua
realização.
Assim, o autoritarismo alarmista
deste jovem padre, que já se encontra de saída da
nossa paróquia, não foi bem compreendido nem aceite
por alguns dos presentes.
era ut supra
VIVALDO QUARESMA
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|
A
POPULAÇÃO DA BENFEITA
AUMENTOU
|
NA
ÚLTIMA DÉCADA
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|

O INE
já apresentou os primeiros resultados nacionais
do Censos 2021 que compreendem a variação da população
residente nos últimos 10 anos, tendo-se registado
um aumento de 5,3% em toda a nossa freguesia, embora
os resultados nacionais tenham registado um decréscimo
populacional de cerca de 2%, correspondentes a mais
de 200.000 habitantes, havendo alguns locais em
que a perda de população foi superior a 20%.
O aumento verificado na nossa freguesia,
de 394 (em 2011) para 415 (em 2021), corresponde
a apenas 21 pessoas (nacionais e estrangeiras);
número que, embora aparentemente pouco expressivo,
desfaz a tendência de queda nos últimos 110 anos!

Entre 21/03/2011 (Censos 2011) e
19/04/2021 (Censos 2021) faleceram 187 pessoas na
nossa freguesia. Se apenas considerarmos estas pessoas
como desaparecidas, omitindo os que emigraram para
outras paragens e os falecidos trasladados de outros
locais (cujo número estimamos ser semelhante),
poderemos concluir que 208 novas pessoas (nascidas
cá e integradas) passaram a fazer parte da
nossa comunidade: 415-(394-187).
Residentes
|
2011
|
Falec.
|
Novos
|
2021
|
Homens |
180
|
82
|
93
|
193
|
Mulheres |
212
|
105
|
115
|
222
|
TOTAL
|
394
|
187
|
208
|
415
|
Aos que chegaram à nossa terra
oriundos de outras nacionalidades desejamos as maiores
felicidades, que se sintam cá bem e alcancem
a paz e tranquilidade que sempre desejaram; quanto
aos que partiram, e muitas saudades deixaram, bem
nos lembramos deles, e sempre estarão no meio de
nós.
VIVALDO QUARESMA
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OS
20 ANOS DO SITE DA BENFEITA
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|
Em
30 de Junho de 2021 completam-se 20 anos sobre a
data em que o Site da Benfeita obteve o seu primeiro
alojamento em servidor partilhado, e teve o seu
primeiro acesso na Internet.
A sua primeira página nasceu no dia
2 de Junho de 2001, no almoço
da Liga de Melhoramentos da Benfeita, realizado
em Lisboa, por ocasião do seu 56º aniversário. E,
desde esse dia, muitas outras páginas foram sendo
construídas para dar corpo ao Site da Benfeita,
uma aspiração legítima dos Benfeitenses que desejavam
ver a sua terra no mundo da Internet, conforme foi
manifestado por alguns conterrâneos no decorrer
dessa agradável confraternização.
Nessa altura, ainda não existia qualquer
informação sobre a Benfeita na Internet, e o aproveitamento
das tecnologias digitais de informação
e comunicação, existentes e disponíveis
no mercado, só era possível a algumas
pessoas com conhecimentos de informática
e programação.
Não era um projecto impossível, embora
requeresse muita disponibilidade, entrega, trabalho
e despesa, e sabíamos que apenas uma pequena parte
da população da Benfeita se iria interessar por
este projecto e ter acesso ao que nele fosse publicado,
dado que grande parte das pessoas residentes, nomeadamente
os mais idosos, não possuíam computador, acesso
à Internet ou motivação para aprenderem a lidar
com as novas tecnologias, além de ainda existirem
na Benfeita algumas pessoas analfabetas. Mas, ainda
assim, avançámos! Hoje, com cerca
de aproximadamente 700 páginas, o Site da
Benfeita reune uma grande colecção
de conhecimento sobre a história da Benfeita,
permitindo o seu livre e rápido acesso em
qualquer lugar.
Uma grande parte dos mais novos,
dos que já nasceram em pleno desenvolvimento da
nova Era Digital, foram adquirindo conhecimentos
na área das novas tecnologias de informação
nos seus locais de estudo ou de trabalho, longe
da sua terra, e não sentiram qualquer chamamento
às origens ou interesse pela história da
sua terra, preferindo as novas temáticas, como,
os jogos interactivos e o convívio informal nas
redes sociais, onde se salientava o Hi5, o MSN e
o Skype e, mais recentemente, o Facebook, o Messenger,
o Instagram e o Twitter, entre outros.
Mas, os objectivos deste Site foram-se
mantendo firmes: «Ser um local de informação
e de conhecimento sobre a Benfeita e as suas gentes»
para os que, estando ausentes da sua terra, ou fora
do país, desejassem amenizar a saudade que lhes
apertava o coração e pudessem partilhar as suas
histórias, ou as que lhes foram transmitidas pelos
seus pais e avós, ao serão.
Contávamos, pois, para além
das poucas pessoas que viviam na aldeia e de outras
tantas espalhadas pelo país, com o interesse de
alguns emigrantes que, noutras latitudes, ainda
sentiam algum gosto em ler temas relacionados com
a sua terra e com as suas origens.
Há 20 anos, o Censos de 2001
indicava uma população na Benfeita
(freguesia), de 501 pessoas; mas, desde então,
através do nosso registo de óbitos,
podemos verificar que perdemos 373 pessoas até
à data de hoje, embora algumas delas não
estivessem recenseadas da nossa freguesia. Portanto,
e sendo pouco expressivo o número de nascimentos
ocorridos durante este período, podemos afirmar
com bastante segurança aquilo que não
é surpresa nem novidade para ninguém,
que aquele número desceu significativamente
nas últimas duas décadas, e nem ousamos
fazer uma estimativa, já que o Censos de
2021 irá indicar, brevemente, esse número
chocante!
Não aspirávamos, portanto, a ter
grandes audiências porque sabíamos não as ter, nem
a grandes louvores porque sabíamos não os merecer;
apenas pretendíamos ser um lugar seguro na
Internet onde quem nos visitasse se sentisse "em
casa", junto da sua gente, e aberto a quem
nele quisesse participar, voluntária e desinteressadamente.
Mas, nem sempre este projecto foi
bem percebido e aceite por algumas pessoas a quem
tendo sido pedida a sua participação,
como o envio de histórias, logo perguntaram quanto
ganhariam com isso. Situação essa, que, independentemente
do interesse que as suas histórias pudessem
suscitar aos nossos leitores ou do seu valor literário,
revelava desde logo o desejo expresso de uma compensação
financeira que, embora até possamos considerar
legítimo, constituía um propósito
diametralmente oposto ao nosso.
Infelizmente não conseguimos alcançar
completamente os nossos objectivos! Se, por um lado,
continuávamos motivados e empenhados no nosso
trabalho de divulgação e pesquisa,
sentíamos pouca atenção e interesse
participativo por parte dos nossos visitantes que,
cada vez em menor número, acediam ao nosso
site e participavam nas Histórias
da Nossa Terra.
Também, o simples facto de
algumas pessoas ainda afirmarem que as 1620 badaladas
do Sino da Paz se referem ao número de dias que
durou a SEGUNDA Guerra Mundial, guerra essa que,
só na Europa, durou 2075 dias; ou dizerem que a
Benfeita é o único sítio no MUNDO que tem um sino
que comemora o fim da 2ª guerra mundial, ignorando
todas as outras terras que, por esse mundo fora,
têm o seu Sino da Paz (Peace Bell), sendo que alguns
deles até foram fundidos com o metal dos canhões
usados nesse conflito, faz com que, de uma certa
forma, o Site da Benfeita se sinta envergonhado
por não ter sabido cumprir o seu papel de informar
e de esclarecer certos erros que muita gente continua
a repetir, ou porque não leram ou porque não se
quiseram informar convenientemente. E neste grupo
de pessoas encaixam certos jornalistas que, não
fazendo o seu trabalho de cruzarem informação,
repetem nos seus jornais estes dois erros grosseiros
que ouviram a algumas pessoas da terra.
Impõe-se portanto que, passados estes
20 anos de existência, se faça um balanço real e
objectivo deste projecto e se abra um período
de reflexão para se conseguirem apurar as causas das nossas
preocupações e se melhorarem futuramente
os resultados que nos propusemos alcançar.
O
Site da Benfeita agradece a todos os seus visitantes
e amigos que nos enviaram palavras de solidariedade
e encorajamento, ao longo destes 20 anos de presença
contínua na Internet, e a todos promete a
continuação da mesma dedicação,
empenho e responsabilidade... nos próximos
20!
A Bem da Benfeita,
VIVALDO QUARESMA
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|
O
CENSOS 2021, NA BENFEITA
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Entre
19 de Abril e 31 de Maio de 2021, o INE (Instituto
Nacional de Estatística) realizou uma recolha de
informação demográfica e sócio-económica, de âmbito
nacional e obrigatório, através da Internet.
É sabido que nem todas as pessoas, na Benfeita,
possuem computador e acesso à Internet; mas, de
uma maneira geral, a população local (estrangeiros
incluídos*) correspondeu satisfatoriamente
a este inquérito tendo, alguns, nele participado
graças à indispensável ajuda da Junta
de Freguesia, local onde existia um computador,
com dois monitores, especialmente dedicado a esta
função, permitindo a sua utilização por quem pretendesse
preencher o seu questionário e onde era dado todo
o apoio necessário a quem não o soubesse ou pudesse
utilizar.
* Apenas os estrangeiros inscritos,
porque os outros, os não inscritos (os que
entram por aí adentro e assentam arraiais
em qualquer lugar), ninguém sabe - e nem
ficará a saber - quem são, onde estão
e quantos são!
A partir de agora, todos os portugueses
ficaram cadastrados na maior base de dados portuguesa
com informações confidenciais, como: nome completo,
morada completa, e-mail, telefone, data de nascimento,
estado civil, naturalidade, nacionalidade, residências
anteriores, nível de escolaridade, local de trabalho
ou de estudo, origem dos rendimentos, se trabalha
ou se procura trabalho, se vê bem, se ouve bem,
se tem dificuldades motoras, qual a sua religião,
como é a sua casa, se tem ar condicionado
e aquecimento, se tem carro e garagem, se é proprietário
ou paga renda… enfim, só não lhe perguntaram quantas
vezes lavava os dentes por dia!
Já quanto ao sítio onde irão ficar
arquivados todos estes dados confidenciais e quem
a eles irá ter acesso… bem, o "outro",
o que andou a chafurdar nos arquivos do futebol,
considerado pirata informático por ser autor confesso
dos crimes de: acesso ilegítimo, violação de correspondência,
sabotagem informática e tentativa de extorsão, qualquer
dia ainda passará de criminoso cibernético
a herói nacional! Portanto, se não houver
segurança... seja o que Deus quiser!
Há 10 anos, o Censos 2011, demorou cerca
de 8 meses para apresentar publicamente os resultados
dos inquéritos que, na altura, foram preenchidos
manualmente pela população e tiveram
de ser tratados informaticamente por cerca de 300
colaboradores externos (muita gente envolvida e
muitas possibilidades de fuga); actualmente, em
virtude dos dados serem introduzidos directamente
no sistema informático, o INE contratou 11.000
recenseadores e prometeu maior rapidez na apresentação
dos resultados e maior segurança, embora
a CNPD (Comissão Nacional para a Protecção
de Dados) já tenha emitido um parecer negativo
pelo facto do tratamento dos dados ser feito por
uma empresa estrangeira, que pode subcontratar outras,
e ter servidores nos Estados Unidos da América
ou noutros países.
É sabido que cada vez há menos pessoas
nas aldeias, mais idosos, menos casamentos, mais
mulheres a trabalhar fora de casa, menos nascimentos,
mais divórcios… bem, toda a gente sabe disso,
os números da estatística só virão apenas
confirmar, matemática e estatisticamente,
aquilo que todos nós já sabemos e, provavelmente,
servir de base para novos argumentos partidários,
que virão com novas exigências e novas
ameaças ao governo... mas, soluções,
não!
Quantos somos e o que fazemos? «Somos
poucos e não fazemos nada!» – dizem alguns.
Bem, mas isso depende do ponto de vista: Já fomos
menos, trabalhávamos mais e ganhávamos
muito menos... e sobrevivemos! - Hoje, somos mais,
ganhamos muito mais e trabalhamos muito menos!
Mas, até que ponto estes exercícios
de estatística futurologista podem ajudar a responder
a perguntas que ninguém pode ou não sabe
dar resposta?
Saber "quantos somos, como somos, onde vivemos
e como vivemos" pode ser importante para nos
conhecermos a nós próprios, enquanto
povo e nação independente, para nos
podermos comparar com outros e tentarmos melhorar
o que em nós pode ser melhorado; mas, o que
nos poderá dizer este novo inquérito
nacional, que já não saibamos, em
matéria de envelhecimento da população,
de abandono das terras e de despovoamento rural?
Nada, pelo contrário! Por haverem poucos
alunos na Benfeita, fecharam a escola e mandaram
os alunos para outras maiores e mais distantes;
e por haver pouca gente na Benfeita, fecharam o
Posto de Saúde e mandaram os doentes para
outros maiores e mais distantes. O mal de se saber
agora quantos somos exactamente e onde vivemos,
pode permitir que renasça uma antiga aspiração
socialista, e antiga promessa de António
Costa, a de Regionalizar Portugal Continental e,
finalmente, as Juntas de Freguesia passem a ser
Juntas Regionais e também se juntem num sítio
maior e mais distante, ficando a população
da Benfeita, ainda mais só... e, provavelmente,
sem CTT!
A pandemia mostrou a certas empresas
aquilo que já se adivinhava que iria acontecer,
mais ano menos ano, em relação a certos empregos,
e que era pôrem os seus colaboradores a trabalhar
nas suas próprias casas, via teletrabalho. Isto
reduz significativamente as despesas empresariais
no que respeita a instalações, equipamentos e consumos
e, acima de tudo, permite um maior controlo sobre
a produtividade de cada um, podendo até, estabelecerem-se
metas para atribuição de prémios àqueles que mostrarem
maior rendimento, independentemente do número de
horas que trabalharem ou em que condições
o fizerem.
Para os colaboradores em teletrabalho também permite
outro tipo de vantagens, como, e principalmente,
o não terem de sair de casa! Os que têm carro, não
têm de enfrentar longas filas de trânsito nem de
se preocupar com o local de estacionamento; livram-se
de multas de trânsito e poupam no custo dos combustíveis.
Os que andam nos transportes públicos, esquecem-se
do incumprimento de horários dos operadores, do
custo dos passes sociais, das greves, e de toda
uma série de outros inconvenientes, como: a chuva,
o frio, o calor, as refeições fora de casa, os conflitos
laborais, os assédios, os perigos de andar na rua…
ou o terem de fazer a barba e de tomar banho todos
os dias; terem de ir ao cabeleireiro com mais frequência;
comprarem mais roupa e sapatos, etc.
Quanto ao convívio com os amigos… será tudo
pela Net! Não faltam redes sociais que permitem
conversa informal e troca de mensagens, imagens
e vídeo em tempo real!
Portanto, o teletrabalho parece ser
um novo remédio para velhas maleitas, permitindo
também maior valorização da competência profissional
em detrimento do aspecto físico, sexo, idade, cor
da pele, incapacidades motoras, etc.
Mas, para chegar a esta conclusão não era preciso
o Censos 2021, embora tenhamos já a certeza
de que os próximos resultados, de 2031, irão
ser muito mais animadores do que os de agora, em
consequência do regresso das mulheres a casa,
em teletrabalho, indicando: mais população, mais
nascimentos, mais trabalho e mais Amor! E tudo isto
graças à pandemia e à resiliência portuguesa,
que não é mais do que a arte de se saber levantar
depois de um tombo!
VIVALDO QUARESMA
Veja também:
CENSOS
2011, na Benfeita
|
|
O
7 DE MAIO
|
E
A PANDEMIA, NA BENFEITA
|
|
Mais
um ano se passou sem uma celebração
condigna desta data histórica devido à
actual situação de crise que se vive
na região de Arganil, no contexto da pandemia.
Porém, estando nesta data,
o nosso concelho, à frente de todos os outros (continente
e ilhas), com o maior risco de incidência cumulativa
de Covid19, a 14 dias (590 casos de infecção
por 100 mil habitantes), — situação que
nos lança um sinal de alerta por risco de infecção
Muito Elevado e não nos permite acompanhar
o resto do país nesta fase de desconfinamento (por
incidência superior a 120 casos), correndo mesmo
o risco de travagem ou retrocesso, — ainda
existe uma parte da população que não aparenta estar
muito preocupada em seguir as recomendações básicas
de segurança, nomeadamente, o uso obrigatório de
máscara nos espaços públicos e comerciais.
Desde as 0 (zero) horas do
dia 1 de Maio, Portugal saiu do último Estado
de Emergência (decretado pelo Presidente da República
em 09/11/2020, com renovações sucessivas
até 30/04/2021) e entrou no Estado de
Calamidade (declarado pelo Primeiro Ministro,
para vigorar por 15 dias, sujeito a renovação).
A diferença básica do actual Estado,
em relação ao anterior, é que
já são permitidas greves e manifestações
de rua. De resto, continua quase tudo
na mesma, ou seja, mantém-se:
. Dever cívico de recolhimento domiciliário;
. Dever especial de protecção;
. Proibição de circulação na via pública entre as
23h e as 5h nos dias de semana;
. Proibição de circulação na via pública aos sábados,
domingos e feriados entre as 13h e as 5h.
Entre estas medidas, e outras, está
ainda a proibição de eventos ou de ajuntamentos
com mais de 10 pessoas...
Assim, o relógio do Sino da
Paz iniciou o seu ciclo automático de toque
das 1620 badaladas, "às moscas",
ou seja, "para o boneco"!
Como habitualmente, depois do responsável
lhe dar a corda toda e o destravar, o mecanismo
iniciou a sua missão cerca das 14h10, tendo
terminado meia-hora depois, por falta de corda.
Foi o que se pôde arranjar neste panorama
pandémico, em que os funcionários
se encontram com várias tarefas atribuídas
e "têm pouco vagar" para outras.
Em situação normal, o funcionário
teria de lhe dar corda total, pela segunda vez,
para que o ciclo concluísse o número
de toques previsto, mas, dado não ter sido
organizado qualquer evento comemorativo, "a
coisa" ficou por ali mesmo.
Esperemos que, para o ano, já
sem a proibição de ajuntamentos, quando
se celebrarem os 77 anos sobre o final da guerra,
"a coisa" melhore, e o relógio
da Torre da Paz possa celebrar condignamente esta
data histórica para Portugal, e para o resto
do mundo, de uma maneira mais generosa, participativa
e envolvente.
VIVALDO QUARESMA
|
|
ELEIÇÕES
PRESIDENCIAIS
|
NA
BENFEITA
|
|

Em plena
época pandémica que já ameaça os portugueses
desde 2 de Março de 2020, e com o país
a viver sob severas medidas restritivas decretadas
pelo novo período de Estado de Emergência,
a vigorar de 15 a 30 de Janeiro, desde logo com
a situação de confinamento geral obrigatório
e o dever de recolhimento domiciliário para travar
a pandemia e salvar vidas, realizaram-se no passado
dia 24 de Janeiro, em todo o país, as décimas
eleições presidenciais depois do 25
de Abril de 1974, tendo-se registado uma fraca afluência
às urnas que apenas congregou 39,49% dos
eleitores recenseados.
A elevada abstenção
nacional que envolveu as últimas eleições
presidenciais (2006-38,48%; 2011-53,48% e 2016-51,34%)
voltou a verificar-se este ano, tendo sido mais
agravada pelo facto dos votantes recearem eventuais
contágios decorrentes da concentração
de pessoas nos locais de voto, atingindo os 60,51%.
Foram os seguintes os votos obtidos
nestas eleições:
Candidatos
|
País
|
%
|
Arganil
|
%
|
Benfeita
|
%
|
Marcelo R. Sousa |
2.533.799
|
60,70
|
2.827
|
71,24
|
107
|
83,59
|
Ana M. Gomes |
541.345
|
12,97
|
387
|
9,75
|
6
|
4,69
|
André A.
Ventura |
496.583
|
11,90
|
320
|
8,06
|
9
|
7,03
|
João
M. Ferreira |
180.473
|
4,32
|
95
|
2,39
|
0
|
0,00
|
Marisa S. Matias |
164.731
|
3,95
|
183
|
4,61
|
3
|
2,34
|
Tiago M. Gonçalves |
134.427
|
3,22
|
52
|
1,31
|
2
|
1,56
|
Vitorino R. Silva |
122.743
|
2,94
|
104
|
2,62
|
1
|
0,78
|
Votos
válidos |
4.174.101
|
|
3.968
|
|
128
|
|
Inválidos |
87.039
|
2,04
|
95
|
2,34
|
2
|
1,54
|
Total
votantes |
4.261.140
|
|
4.063
|
|
130
|
|
Abstenção |
6.530.350
|
60,51
|
5.968
|
59,50
|
177
|
57,65
|
Total
inscritos |
10.791.490
|
|
10.031
|
|
307
|
|
Assim, o Prof. Dr. Marcelo Nuno Duarte
Rebelo de Sousa, Presidente da República
Portuguesa desde 9 de Março de 2016, consegue
agora o seu segundo mandato presidencial, conforme
já era aguardado por todos os portugueses,
não só por ser o candidato mais bem
preparado para o exercício da função
presidencial como, de longe, por ser o candidato
que melhor garantias de isenção, independência
e integridade oferece aos restantes órgãos
de soberania e ao povo português, em geral.