Filho mais novo de
César Simões e de Lucinda do Rosário Oliveira, Joaquim
do Rosário Oliveira Simões, o meu primo Quim,
nasceu na Benfeita mas passou toda a sua infância
e adolescência em terras de Moçambique,
onde permaneceu com seus pais e irmãos durante
cerca de 26 anos. Ambos tivemos os mesmos avós
paternos, o avô
Firmino e a avó Leopoldina.
Com os seus 70 anos de idade, é,
como se costuma dizer, "pau para toda a obra", querendo
com isto dizer que é uma pessoa que executa os mais
diversos trabalhos, sejam, de carpinteiro, pedreiro,
pintor, canalizador, vidraceiro ou de electricista.
Porém, desde há uns anos que as suas
pausas entre os trabalhos que presta aos outros
são ocupadas com trabalhos artísticos que presta
a si mesmo, no campo da pintura, a seu belo prazer
e para sua própria satisfação.
Utiliza tintas de água sobre placas de platex ou
contraplacado, pintando casas, ruas e lugares da
Benfeita, ou utiliza palitos de fósforos queimados
(ou não), em complexas obras representando casas
da aldeia.
É junto da sua casa de família,
no Areal, onde viveu com os seus pais e irmãos (Graciete
e Alfredo), na rua que ostenta o nome do seu avô
materno, Alfredo
Oliveira, que o encontámos expondo os
seus trabalhos ao público, num fim-de-semana de
Agosto, para quem os desejar adquirir, ou simplesmente
contemplar.
Habitualmente, o primo Quim vive
em Lisboa, em plena Mouraria, numa zona interessante,
tipicamente lisboeta, rodeada de encanto, tradição
e beleza, apenas se deslocando à Benfeita,
quando assim o entende.
VQ - Então, Quim, abriste uma galeria
de arte na rua do teu avô! (o tom era verdadeiramente
irónico, porque a isso nos permite a nossa
familiaridade) JS (Joaquim Simões) - Isto
não é uma galeria de arte nem uma loja de artesanato,
é mais uma "venda de garagem". O que aqui está exposto
são trabalhos particulares, alguns já antigos, que
decoram as paredes cá de casa; mas, se houver alguém
interessado neles, isso dar-me-á muito prazer.
VQ
- E tens vendido alguma coisa? JS - A venda não é o meu objectivo principal,
mas sempre me ajuda na reforma e não vou dizer que
não!
VQ - E qual é, então, o teu objectivo
principal? JS - Bem, é mais pela ocupação do tempo livre
aos fins-de-semana. Não gosto de estar quieto e,
enquanto estou aqui, sempre vou conversando com
as pessoas e estou distraído.
O Quim é um homem de poucas palavras;
mas, desta vez, excedeu-se! Mostrou-me todas as
suas obras e contou-me a história de cada uma. Achei
interessante uma casa feita com paus de fósforos,
réplica fiel daquela onde vive, e fiquei sabendo
que foram usados mais de 2.000 palitos. Costuma
utilizar palitos queimados; mas, nesta obra, o Quim
teve a paciência de lhes cortar a cabeça.
VQ - Reparei que não usas tintas
de óleo nos teus quadros! JS - Sim, na verdade, prefiro usar as tintas
de água pela simples razão de não terem cheiro e
eu sentir alergia a certas tintas e diluentes.
O Quim sofre de doença alérgica inespecífica
e também não se dá bem com os cheiros de
fumo do tabaco e de sardinhas assadas, entre outros,
por exemplo.
VQ - E tens trabalhado muito? JS - Bem, eu estou sempre a fazer biscates
quando venho à Benfeita. As pessoas vão precisando
de pequenos trabalhos e já sabem que podem
contar comigo. Quanto aos quadros, lá me vão pedindo
alguns, de vez em quando, mas é menos frequente.
VQ - Tens algum trabalho em curso
neste momento? JS - Tenho, mas ainda ando a tomar notas
para o iniciar. É uma casa antiga, simples de linhas
e modesta de porte, de uma antiga família conhecida,
situada no centro da aldeia.
Não sei quando a irei entregar porque tudo depende
do tempo que eu tenha disponível. Por isso, a estes
trabalhos, nunca indico uma data de entrega...
E assim terminámos a nossa conversa
porque, entretanto, um novo visitante se aproximou
de nós querendo informações sobre um trabalho
exposto...
VIVALDO QUARESMA
PS - † O primo
Quim faleceu em 11 de Maio de 2021, vítima
de embolia pulmonar.
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DA BENFEITA - 14/08/2018
HOMENAGEM A ANTÓNIO MARTINHO
A população da Benfeita
homenageou, hoje, António Quaresma Martinho que
presidiu à Junta de Freguesia da Benfeita, de 26/12/1997
a 09/10/2005, com Artur Nunes da Costa (secretário)
e Rogério Simões Martins (tesoureiro), no espaço
do Quiosque da Benfeita, onde foi inaugurada uma
modesta placa comemorativa colocada numa coluna
triangular de granito, em sua honra, em reconhecimento
pelo seu esforço e empenhamento pessoal durante
a sua gestão autárquica, tendo sido enaltecidos,
nos diversos discursos proferidos, a sua dedicação,
vontade inabalável e competência, nos diversos projectos
que desenvolveu e concretizou, e que proporcionaram
à freguesia e aos seus habitantes uma significativa
melhoria da sua qualidade de vida.
António Quaresma Martinho nasceu
na Dreia, freguesia da Benfeita, no dia 24 de Fevereiro
de 1933, exerceu a profissão de carpinteiro na Benfeita,
de 1947 a 1958, tendo emigrado para a República
da África do Sul, onde permaneceu até Janeiro de
1992. Durante esta longa ausência acumulou saberes
e saudades da sua terra e dos seus amigos e logo
que teve oportunidade, regressou ao seu país e ao
seu torrão natal.
Ocupou o resto do ano de 1992 com a criação de condições
de habitabilidade e conforto da sua casa, ao mesmo
tempo que ia tomando contacto com as necessidades
da sua terra que gostaria de ver satisfeitas.
Em 1993, é convidado para integrar os órgãos da
Fábrica da Igreja Paroquial da Benfeita, assumindo
a gestão da tesouraria e, a partir daí, a
sua actividade associativa, humanitária e religiosa
nunca mais parou.
O Presidente da Câmara e o professor
Carlos Dias (Carlos da Capela), usando da
palavra
O homenageado, o Presidente da Câmara e
o Presidente da Junta de Freguesia
José da Costa Pinheiro descerra o monumento
e recolhe a bandeira da freguesia
O Eng.Rui Miguel da Silva, que foi presidente
da Câmara quando o homenageado foi Presidente
da Junta de Freguesia
Esta homenagem só foi possível
graças ao envolvimento do povo da freguesia;
dos elementos da Comissão de Toponímia; do Presidente
da Câmara de Arganil Dr. Luís Paulo da Costa;
do antigo Presidente da Junta de Freguesia da Benfeita
Alfredo Gonçalves Martins e do actual, José
da Costa Pinheiro; do Presidente da Assembleia de
Freguesia Horácio Pedro; do Professor Carlos
Dias e do Arquitecto Jorge Gonçalves, que concebeu
o monumento, desenhou e acompanhou até ao produto
acabado, sem quaisquer encargos; da Fábrica da Igreja
Paroquial e do Centro Social Paroquial da Benfeita.
Os antigos membros da equipa da Junta de
Freguesia da Benfeita (1997-2005)
Carlos Cerejeira exibe o vaso artístico
oferecido ao homenageado pela Editorial
Moura Pinto
Carlos Cerejeira e o Padre Daniel Rodrigues
conversam com o homenageado
Aspecto do magnífico lanche-convívio oferecido
pela Organização a todos os
presentes
Sobre o homem solidário, o
amigo e o benfeitense António Martinho, Carlos
Cerejeira, membro da Comissão Organizadora
desta homenagem, deixa-nos o seguinte depoimento:
«Falar de António
Martinho é falar de alguém dotado
de grande inteligência, organização
e qualidades de trabalho que sempre colocou ao serviço
dos outros, mais do que em seu próprio benefício!
Um homem solidário e um homem de partilha
pois nas suas relações pessoais e
institucionais sempre cultivou a Harmonia e a Amizade,
atributos que o ajudaram a alcançar alguns
objectivos no desempenho das suas funções
sociais e comunitárias.
Na sua acção como tesoureiro da Fábrica
da Igreja Paroquial e como membro dos órgãos
sociais do Centro Social, foi ainda Presidente da
Comissão de Embelezamento do Santuário
de Nossa Senhora das Necessidades, onde deixou visível
a marca do seu bom gosto, organização
e gestão, tendo recuperado as capelas, construído
infra-estruturas de lazer e legalizado o Património
disperso da Fábrica da Igreja.
Como Presidente da Junta de Freguesia revelou o
seu grande amor à Benfeita, com o seu espírito,
iniciativa e persistência, aproveitando os
apoios financeiros disponibilizados no âmbito
do 3º Quadro Comunitário de Apoio, com
o objectivo de requalificar e infra-estruturar a
aldeia, integrando-a com sucesso na Rede das Aldeias
de Xisto.
Só esta obra justificaria um reconhecimento
público ao seu mentor; mas, António
Martinho, desdobrou-se em múltiplas funções
com um único objectivo: Servir apaixonadamente
a sua terra!
Esta homenagem é um dever de cidadania que
atesta a sua grandeza de carácter e o sincero
agradecimento de todo o povo da freguesia».
VIVALDO QUARESMA
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DA BENFEITA - 19/07/2018
Os riscos de inundação
na Benfeita!
A
Benfeita, devido à sua particular localização geográfica,
sempre esteve sujeita a inundações de maior ou menor
intensidade e gravidade, ao longo dos anos. Para
isso, concorrem as vertentes dos montes que rodeiam
todo o vale, com a possibilidade de inundações provocadas
pela ocorrência de precipitações intensas, e as
duas ribeiras que a atravessam, com a possibilidade
de cheias por aumento dos seus caudais.
Em ambos os casos, provocados por fenómenos naturais,
a maior ou menor capacidade de drenagem das águas
da ribeira e dos detritos transportados, pode determinar
o tamanho dos prejuízos sofridos. Isto, já não considerando
a possibilidade eventual de ocorrência de fenómenos
extremos (tempestades de granizo, relâmpagos
e queda de raios; ventos ciclónicos, tornados,
incêndios florestais, etc.) que, regra geral,
deixam atrás de si um rasto de destruição maior.
Após os incêndios do ano passado,
esse risco foi potencialmente agravado pelo facto
da cobertura vegetal que cobria as encostas dos
montes circundantes, ter desaparecido desfeito em
cinzas ou ficado muito reduzida, podendo o aumento
das águas pluviais causar derrocadas ou deslizamento
de terras.
Tudo isto é do conhecimento dos habitantes
da nossa aldeia e tem sido uma preocupação constante
dos sucessivos presidentes da Junta de Freguesia
que, ao longo dos seus mandatos, tudo têm feito
para manterem o curso das águas das ribeiras da
Mata e do Carcavão, desobstruídos, a montante
e a jusante da aldeia, e não serem ocupados por
construções ou bloqueios, ainda que temporários,
ou ainda assoreamentos por detritos acumulados que
possam comprometer a normal circulação ou drenagem
das águas, nos casos de maior velocidade
de escoamento.
Já o Dr. Mário Mathias
refere, nas suas crónicas, uma cheia da Ribeira
da Mata, em 8 de Setembro de 1868, causada por um
grande temporal de chuva e granizo, durante o qual
caiu uma violenta tromba de água nas vertentes
da Picota e do Fomarigo que derrubou todas as pontes
existentes na Benfeita e até a do Pisão
de Côja que era de pedra, tendo alagado o
antigo Cemitério do Adro, cobrindo-o com
mais de dois palmos de altura de águas barrentas
que só não entraram dentro da igreja
porque os lodos e as imundices se acumularam junto
à porta, bloqueando-a.
No passado dia 15 de Julho, domingo,
tarde da final do mundial de futebol, repentinamente,
por volta das 17 horas, registou-se na ribeira da
nossa aldeia uma enchente de água e lama que, galgando
a margem junto à barreira do açude da praia fluvial,
cobriu parte da avenida, ameaçando levemente a entrada
da Igreja Matriz, do Centro Social e do Lar de Idosos,
mas que nunca estiveram em grave risco de inundação.
A comporta encontrava-se fechada
e a piscina a funcionar, como normalmente sempre
acontece nesta altura do ano. A tarde estava calma
e não chovia, embora tivessem caído alguns salpicos
no período da manhã.
Calcula-se que o aumento do caudal
da ribeira, ou cheia repentina, tenha sido consequência
de uma "cabeça d'água"
formada após chuva intensa caída na zona
do Monte Frio e Moura da Serra e por toda a cumeada
da Serra do Açor, que aumentou os níveis
da água e provocou uma enxurrada que se terá
dirigido com maior intensidade para a zona de Pomares.
No Facebook começaram logo a aparecer
fotografias e vídeos que, à falta de qualquer comentário,
esclarecimento ou explicação do fenómeno e da sua
extensão ou gravidade, poderiam lançar algum alarme
junto da diáspora benfeitense; mas, tudo não passou
de um pequeno susto, principalmente para os mais
pequenos que brincavam junto à foz do Carcavão,
no Areal, mas donde logo saíram mal viram o nível
das águas a subir e a sujidade e lodo que
carregavam na altura em que tudo começou.
A enxurrada foi imediatamente reportada
à Junta de Freguesia que, desde logo, iniciou a
retirada do tapume do açude para permitir maior
capacidade de drenagem ao ímpeto das águas e à sua
velocidade de escoamento, no que mereceu o envolvimento
activo da população presente, mas, devido à rapidez
com que tudo se desenvolveu, não foi possível evitar
que a água galgasse o muro e cobrisse grande parte
da avenida até ao Lar. Mas, ao fim de meia-hora,
já o leito da ribeira se encontrava normalizado,
apenas com grande acumulação de lamas e detritos
ao longo da avenida que, no dia seguinte, a Junta
de Freguesia e os bombeiros de Côja, ajudaram a
limpar.
Agora, com a tranquilidade habitual
da Benfeita, já está tudo em Paz e harmonia para
receber os nossos visitantes no próximo "Querido
mês de Agosto". Até lá!
Esperemos que a Junta de Freguesia
possa incluir nas suas práticas associadas à questão
ambiental e à prevenção, paralelamente com a gestão
do risco de incêndio, a informação e a orientação
adequadas à população imigrante que se possa vir
a estabelecer junto ao leito da ribeira, alertando
para a sua consequente exposição ao risco de cheias
e inundações.
VIVALDO QUARESMA
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DA BENFEITA - 07/05/2018
O 7 de Maio, na Benfeita!
Há
73 anos (de 1945 a 2018) que, na Benfeita, se vem
celebrando anualmente, nesta data, o fim da guerra
na Europa.
— Porquê? Porque celebra o fim da
guerra? Porque:
1º Portugal passou por uma infausta experiência
de guerra em Moçambique e em França, que espalhou
o luto e a dor em milhares de famílias portuguesas,
entre 1914 e 1918, na bem conhecida Primeira Guerra
mundial;
2º Após a eclosão da Segunda Guerra mundial, em
1939, o povo português, ainda traumatizado pelos
resultados da guerra anterior, temia uma nova participação
portuguesa, numa altura em que já se sentia uma
enorme pressão sobre o país;
3º O governo português, pobre, endividado e ainda
de luto pelas mortes ocorridas na Primeira Guerra,
decidiu não participar na contenda, apresentando-se
definitivamente ao mundo, em 1940, como país
neutral e pacífico!
— E para quê? Para que celebra o
fim da guerra? Para:
1º Anunciar que, finalmente, a Segunda Guerra tinha
acabado na Europa e se esperavam tempos de Paz entre
as nações;
2º Homenagear os Portugueses que conseguiram manter
a neutralidade de Portugal neste segundo conflito
europeu, entre 1939 e 1945;
3º Homenagear os combatentes portugueses, de uma
maneira geral e, em especial, evocar os soldados
benfeitenses que lutaram em nome da pátria, na Primeira
Guerra.
— E como? Como se celebra o fim da
guerra na Europa, ou, a Paz Portuguesa?
A Segunda Guerra já durava há mais de 5 anos e a
situação em Portugal, embora de paz, era de grande
constrangimento social, com greves sucessivas e
descontentamento geral. Toda a gente aspirava por
tempos de maior tranquilidade e até se faziam promessas…
... em Lisboa, já se constava que os Bispos
Portugueses, por desejo expresso do Cardeal Cerejeira,
de 1934, quando visitou o Rio de Janeiro e viu a
imponente imagem do Cristo Redentor, tinham prometido,
em 1940, mandar erigir um monumento ao Sagrado Coração
de Jesus, o que consideravam ser um dever de gratidão
nacional, de profundo agradecimento a Cristo, se
Portugal fosse poupado da Guerra, promessa que apenas
foi formalmente declarada em 1946 e o monumento
ao Cristo Rei só viria a ser inaugurado em
1959, depois de aplicadas mais de 40 mil toneladas
de betão;
Na Benfeita, Leonardo Mathias, em 1944, prometeu
mandar fazer uma torre, mais modesta, em pedra de
xisto, para homenagear o homem que se opôs tenazmente
à participação portuguesa na Segunda Guerra
Mundial, António de Oliveira Salazar!
E logo o seu filho, o Dr. Mário Mathias, prometeu
mandar fazer um sino, para colocar na referida torre,
para anunciar o final da guerra, quando isso acontecesse.
Todos prometeram e todos cumpriram!
E desde o dia 7 de Maio de 1945,
dia em que a guerra acabou na Europa, o célebre
Sino da Paz da Benfeita, único em todo o território
nacional, actual e passado, insular e ultramarino,
e que bem se poderia chamar "Sino da Paz Português",
celebra a paz portuguesa e homenageia todos os homens
que para ela contribuíram, políticos e combatentes,
nomeadamente aqueles que tiveram de pegar em armas,
pela primeira vez em suas vidas, para defenderem
o nome de Portugal no primeiro conflito que durou
54 meses, ou mais propriamente 1620 dias, tantos
quantas as badaladas que o relógio da torre "dispara"
sobre o Sino da Paz!
Hoje, 7 de Maio de 2018,
dia de sol radioso, o Sino da Paz Português, ex-libris
da nossa aldeia voltou a tocar as suas 1620 badaladas,
badaladas que ninguém conta, porque são muitas,
como muitos foram os dias de dor e sofrimento que
ninguém quer voltar a viver, mas que todos receiam
estarem próximo, de novo, porque o homem e o político
esquecem com facilidade e não ouvem os apelos de
um modesto sino, longínquo e distante, escondido
nas pregas da serra!
Por ser um dia normal de trabalho
(segunda-feira), o local estava deserto (com a excepção
de alguns membros da Junta de Freguesia e de mais
três ou quatro pessoas), não tendo aparecido
ninguém para cantar o hino da paz. O grupo coral
está cada vez menor, por envelhecimento e morte
de alguns dos seus participantes e, mais uma vez,
o mecanismo do relógio da torre "despachou"
em 55 minutos, a uma cadência de 30 repiques
(marteladas!) por minuto, a tarefa que, em tempos,
demorava mais de uma hora e meia, em nada dignificando
a pausada solenidade de outrora exigida para o momento.
VIVALDO QUARESMA
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DA BENFEITA - 06/05/2018
FESTA DA PAZ
Hélder Bruno, ao piano, na Benfeita!
Neste
domingo, Dia da Mãe, pelas 17 horas, perante uma
audiência interessada, o pianista Hélder Bruno,
apresentou no Quiosque da Benfeita, um mini-concerto
ao ar livre, integrado nas comemorações do 7 de
Maio, Festa da Paz na Benfeita, promovido
pela ADXTUR, Município de Arganil e Junta de Freguesia
de Benfeita, entre outros.
Nele foram magnificamente interpretados,
durante cerca de 40 minutos, 8 temas de sereno e
terno encantamento que muito agradaram a toda a
audiência.
Após o concerto, a organização ofereceu
um lanche com produtos da gastronomia local, a todos
os presentes.
E a chuva, que inicialmente ameaçou
estragar o convívio, apenas o baptizou ternamente,
dando ainda mais encanto ao momento.
A tarde abriu novamente com um sol
radioso permitindo uma degustação tranquila e agradável,
tal como se viria a transformar toda a tarde.