BENFEITA.BLOG.2014

 

SITE DA BENFEITA - 27/07/2014

Sinalização toponímica da Benfeita

Estão em curso novas designações de toponímia e numeração de polícia, na Benfeita. A Junta de Freguesia prepara-se para atribuir novos nomes a todas as ruas que ainda não estão identificadas e números nas portas de todos os imóveis, em toda a freguesia.

Actual placa da Praça Simões Dias

Foram já encomendadas 76 novas placas toponímicas à empresa "Ambienti D'Interni", de Proença-a-Nova, e a sua colocação será iniciada logo após a sua recepção, o que se prevê possa acontecer já durante o próximo mês de Agosto.

As novas placas e os números das portas serão executados em material de alta resistência e durabilidade, de cor negra e com inscrições a beije. Irão sinalizar os espaços públicos que ainda não estão identificados (ruas, largos, travessas e becos, entre outros), sendo a sua colocação da exclusiva competência da autarquia, e expressamente vedado a particulares, proprietários, inquilinos ou outros, a sua afixação, deslocação, alteração ou substituição.

As placas de toponímia e os números de polícia constituem importantes elementos de identificação e localização e, a sua falta, foi sentida desde sempre na nossa terra, tendo sido o sonho adiado de muitos presidentes da Junta de Freguesia. Esse sonho nem sempre mereceu a devida atenção das entidades competentes, ou por falta de meios humanos e financeiros ou de capacidade interventiva, mas esteve sempre ao seu alcance. Actualmente apenas as vias de maior movimento têm nome atribuído, como é o caso da Praça José Simões Dias, da Avenida Dr.Mário Mathias, da Rua Leonardo Gonçalves Mathias, da Rua Alfredo Nunes Santos Oliveira e da Rua António Nunes Leitão.

Alfredo Martins, não quis perder a oportunidade de concretizar esse velho sonho, seu, do povo e de muitos antecessores seus, e de "baptizar" todos os acessos e arruamentos em falta, do cemitério à escola primária.

Mantenha-se atento e informe-se das formalidades que, posteriormente, deverá satisfazer, nomeadamente nas Finanças, a nível do IMI, e no Registo Automóvel, para actualização dos seus dados, e como poderá obter uma "Certificação de Toponímia", uma vez que essas alterações não são automáticas e só podem ser registadas nos respectivos processos, a pedido dos interessados.

Veja aqui a lista de topónimos da aldeia com a respectiva localização.

VIVALDO QUARESMA


SITE DA BENFEITA - 21/07/2014

A PROPÓSITO DAS 1620 BADALADAS DO SINO DA PAZ

Significado histórico!

O que os mais novos precisam saber...

... quando ouvirem alguém dizer, ou lerem em algum lugar, que o Sino da Paz da Benfeita "comemora o fim da 2ª Guerra Mundial e toca um repique de 1620 badaladas, uma por cada dia de guerra"!

1. As badaladas do Sino da Paz, da Benfeita, comemoram o Fim da Guerra na Europa e não o fim da 2ª Guerra Mundial, embora a data dessa comemoração seja a data do anúncio formal do final da última guerra, ou seja, no dia 7 de Maio.

- A Guerra na Europa começou em Junho de 1914 e terminou com a rendição formal da Alemanha, em Maio de 1945, depois da morte de Adolf Hitler, por suicídio, em 30 de Abril de 1945.

Se compararmos a Guerra da Europa a um jogo de futebol poderemos dizer que teve duas partes e um intervalo. As tropas de Portugal "jogaram" durante a primeira parte; mas, devido à sua inexperiência e impreparação, recolheram aos balneários no intervalo e, por vontade do seu treinador, Salazar, já não foram a jogo, na segunda parte.

Durante o "intervalo" da Guerra, de Dezembro de 1918 a Agosto de 1939, foi grande a consternação na Europa, perante o tão grande número de mortos e a destruição que grassava um pouco por todo o lado.
Foram muitas as novas ameaças de guerra e foram muitas as privações impostas às populações. Sobre a cabeça dos portugueses pairava ainda o espectro da primeira guerra e a possibilidade de um novo envolvimento quando ainda estavam bem presentes: o aumento do custo de vida, a escassez dos bens alimentares, o aumento do desemprego e a grande agitação política e social que tudo isso provocava, para além dos horrores dos bombardeamentos, da destruição e morte, do luto nacional e familiar, e dos racionamentos de tudo, desde o pão à gasolina... no tempo da sardinha para três.

2. As 1620 badaladas do Sino da Paz referem-se ao número de dias que durou a primeira parte do conflito; ou seja, à primeira grande guerra, na qual participaram tropas portuguesas, nomeadamente muitos soldados benfeitenses (e não ao número de dias que durou a 2ª Guerra Mundial, onde os portugueses nem sequer participaram).

- O número de dias foi calculado com base no número de meses contabilizados na primeira grande guerra (54 meses x 30 dias = 1620 dias). Note, a título de informação, que a segunda grande guerra durou 2075 dias, de 1 de Setembro de 1939 a 7 de Maio de 1945!

Vem a propósito dizer que existem vários Sinos da Paz (The Peace Bell) espalhados por este mundo fora, desde o célebre "Maria Dolens" que toca todos os dias, ao pôr-do-sol, em Rovereto, Itália, desde Outubro de 1925, tem mais de 3 metros de altura e pesa mais de 22 toneladas (feito com o bronze de alguns canhões) a outros, mais recentes e de porte bem mais reduzido, onde se inclui o nosso modesto Sino da Paz que apenas tem 75 centímetros de altura e pesa cerca de 80 quilos.

O nosso Sino da Paz partiu de uma iniciativa particular para homenagear, não só, as tropas portuguesas que participaram da Guerra na Europa, na primeira parte do conflito, como também, o homem que não permitiu a sua participação na segunda parte, o Dr. António de Oliveira Salazar.

Como, em política, tudo gira à volta de "rótulos", e o rótulo de Salazar "ditador" é pintado só em tons de negro, nenhuma outra cor sobressai por mais louvável e puro que seja o seu matiz. Daí que o modesto e único Sino da Paz Português tenha sido tão vilmente esquecido. Eventualmente teria tido sorte diferente se antes do 25 de Abril a "Torre Salazar" já se chamasse "Torre da Paz". Mas, independentemente do nome porque era conhecida, a Benfeita, nunca esqueceu o seu significado!

Infelizmente, também vem a propósito dizer que a Guerra na Europa, do século XX, terminou em 1945, mas outras guerras na Europa, parece já estarem em preparação nos nossos dias!

VIVALDO QUARESMA


SITE DA BENFEITA - 11/06/2014

Tarde de festa anima a nossa terra

Conforme já se esperava, o programa previsto para a tarde do feriado 10 de Junho trouxe muita gente à Benfeita; não só para conhecerem, como para assistirem à inauguração oficial do passeio pedonal da Ribeira da Mata, o "Caminho da Várzea"; bem como, também, para verem os novos arranjos do Jardim Simões Dias; visitarem uma exposição e assistirem ao lançamento de um livro. No final, ainda tiveram direito a um suculento lanche ajantarado na esplanada do Quiosque, oferecido pela Junta de Freguesia a toda a população.

A poça da várzea, agora limpa e cuidada

A água da ribeira corria livre, limpa e fresca no seu leito convenientemente escovado e penteado para a ocasião, numa tarde quente de Primavera que, só por si, proporcionou um enorme prazer e bem-estar a todos os convidados e a quantos decidiram estar presentes nesta ocasião tão especial para a aldeia.

Descerramento da placa comemorativa
Os autarcas responsáveis pelo "Caminho da Várzea"

Depois de descerrada a placa comemorativa da inauguração oficial do "Caminho da Várzea", pelo presidente da Câmara Municipal e pelo presidente da Junta de Freguesia, seguiram-se os habituais discursos oficiais pelos autarcas.

Escultura de Simões Dias
Carlos da Capela usando da palavra

No Jardim Simões Dias foi deposta uma coroa junto à escultura do poeta benfeitense e enaltecidos, por Carlos da Capela, os seus esforços como deputado quando, em 1880, propôs para dia de gala nacional, o dia 10 de Junho, dia em que se celebrava o 3º centenário da data de sua morte.

A jovem Inês lendo um poema de Simões Dias
Em frente à casa Simões Dias

A jovem Inês leu um poema de Simões Dias "O teu lenço", tendo surpreendido agradavelmente toda a assistência. Na Casa-Memória Simões Dias foi inaugurada uma exposição de diversos trabalhos relacionadas com a evocação de Camões e que estará aberta ao público até ao dia 4 de Setembro. Nesta ocasião foi distribuída uma publicação da Editorial Moura Pinto com uma selecção de textos de José Simões Dias, a propósito da celebração do Tricentenário da morte de Camões, em 1880, organizada em livro por Carlos da Capela.

Apresentação do livro "Os dois almocreves"
Lanche-convívio

No salão da Junta de Freguesia teve lugar a apresentação do livro "Os dois Almocreves", com realização de uma sessão de autógrafos pelo seu autor, Carlos da Capela, seguindo-se um lauto lanche no espaço do Quiosque.

VIVALDO QUARESMA
Veja o vídeo!


SITE DA BENFEITA - 03/06/2014

Autarquia promove inauguração do
CAMINHO DA VÁRZEA

Será inaugurado oficialmente pela autarquia local, no próximo dia 10 de Junho, o Percurso Pedonal da Ribeira da Mata, conhecido por "Caminho da Várzea", que tem causado muita curiosidade aos benfeitenses que se encontram fora do país e aos que já há algum tempo não visitam a nossa terra.

Este acto terá a presença do Presidente da Câmara Municipal de Arganil, entre outras individualidades, e terá a seguinte programação:

16:00 - Concentração no Jardim Simões Dias;
16:30 - Inauguração do "Caminho da Várzea";
17.00 - Colocação de uma coroa de flores no monumento de homenagem a Simões Dias, reconstruído;
17:30 - Inauguração de uma Exposição de Pintura com obras alusivas à Benfeita da autoria de vários artistas, na Casa-Memória Simões Dias;
18:00 - Lançamento do livro "Os dois almocreves", da autoria de Carlos da Capela.

O novo livro de Carlos da Capela "Os dois almocreves", conta-nos a história ouvida nos serões da Praça, dos dois almocreves e dos lobisomens do Penedo Rolão e do milagre do sino. Trata-se da recolha de um antigo conto tradicional benfeitense, agora reescrito e ilustrado com gravuras do autor.
Este livro, já editado em 2013 por Letras & Coisas, conta, nas suas 36 páginas, a história popular de dois almocreves* baseada numa lenda ingénua e cheia de moralidade.

* Almocreve - antiga profissão, já completamente desaparecida no nosso país, exercida por pessoas que conduziam animais de carga (nomeadamente burros com albardas ou machos com carroça) transportando e vendendo bens e mercadorias de terra em terra.

VIVALDO QUARESMA



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