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2018

Ano seguinte

Data Localidade Nome Idade Campa

1

23/02/2018

Benfeita

Maria dos Anjos Gonçalves (Maria do Jaime)

87

B24

2

02/03/2018

Monte Frio

Manuel Marques Matias - cinzas - (Faleceu em Alfeizerão, em 28/01/2011)

77

M42

3

02/03/2018

Monte Frio

Benvinda Marques Matias - cinzas - (Faleceu em Alfeizerão, em 23/09/2017)

111

M42

4

19/03/2018

Benfeita

Dília Alves Dias

73

B153

5

20/06/2018

Sardal

Américo Pedro Duarte

86

P51

6

03/07/2018

Luadas

Dorinda da Encarnação Quaresma

84

B322

7

17/07/2018

Benfeita

Durinda da Nazaré Gonçalves

86

B128

8

23/08/2018

Coimbra

Luã Cleiton Barata da Silva (Cidadão brasileiro, não residente, falecido em Coimbra em 28/06/2018)

30

P105

9

10/09/2018

Sardal

Maria da Conceição

93

B88

10

15/09/2018

Monte Frio

Etelvina Nascimento

80

M101

11

09/10/2018

Pai das Donas

Eulália Dinis da Costa Velho

69

B143

12

19/10/2018

Sardal

Lúcia Nunes Pinto Duarte

82

B140

13

23/10/2018

Benfeita

Rui Manuel Prata da Costa

55

B213

14

09/11/2018

Benfeita

Manuel Fernandes Dias (Cantoneiro)

80

B100

15

26/11/2018

Luadas

José Alfredo Correia

88

B274

16

29/11/2018

Monte Frio

Maria da Assunção Duarte

83

M40

GonçalvesNo dia 23 de Janeiro de 2018, faleceu Maria dos Anjos Gonçalves, com 87 anos de idade. A prima Maria, conhecida por Maria "do Jaime", era viúva de Jaime Quaresma Nunes, falecido em 1991.
Era uma pessoa muito simpática e cordial, e a sua partida deixa uma enorme consternação no coração dos benfeitenses.
Solidária e participativa, era na sua casa que se reunia o Grupo do Serão onde, com cada vez menos amigas, se teimava em manter esta antiga tradição benfeitense.
Fazia, também, parte do Grupo do Terço e estava integrada no Grupo Coral da Igreja Matriz da Benfeita.
Aos primos Fernanda e Eduardo, seus filhos, um abraço fraterno e a expressão do nosso sincero pesar pela sua inesperada partida.


Com 111 anos de idade, Benvinda Marques Matias, natural de Monte Frio, era, muito provavelmente, à data do seu falecimento, a super-centenária mais idosa de Portugal, tendo como última morada o cemitério da sua aldeia, como era seu desejo.
Encontrava-se internada no Lar da Santa Casa da Misericórdia de Alfeizerão, no Concelho de Alcobaça, desde 2005. Seu único filho, Manuel Marques Matias (Manecas) e sua nora Maria do Céu Henriques Matias, deixaram-lhe dois netos (Luís e Pedro) e quatro bisnetos (Joana, Luís, Pedro e Catarina).
Filha de Álvaro Marques, carvoeiro, e de Maria dos Anjos, doméstica, ambos falecidos em 1954, de quem tinha mais 10 irmãos, casou em 1930 com Luís Gonçalves Matias, tendo ficado viúva aos 35 anos de idade.
Em 1941 partiu com o seu filho para Lourenço Marques (Moçambique), onde viveram e trabalharam durante 8 anos.
Começou cedo a trabalhar no campo, a roçar mato, para ajudar os seus pais e, ainda com 100 anos de idade, fazia as suas refeições e toda a lida da casa com genica e grande determinação, embora lamentasse que tanto trabalho e canseira não lhe tinham deixado tempo para aprender a ler e a escrever.
Benvinda Matias deixa uma agradável lembrança nas pessoas que a conheceram, de pessoa humilde, de sorriso fácil, muita lucidez e boa disposição.


Em 07/08/2018, vítima de insuficiência cardíaca, faleceu no Hospital da Universidade de Coimbra, Klaus Peter Maier, com 58 anos de idade. Natural de Bodenmais, no estado da Baviera, Alemanha, onde nasceu em 08/07/1960, era casado com Melani Rosa Maier de quem teve 8 filhos: Volker, Manuel, Isa, Maria, Pete, Monica, Jeremias e David, este último já nascido na Benfeita.
Foram os primeiros imigrantes que escolheram a Benfeita para viver, tendo adquirido, em 1995, um terreno na mata da Teixogueira, local onde construíram a sua residência permanente em plena comunhão com a Natureza que, infelizmente, ficou totalmente destruída nos incêndios de 15 de Outubro de 2017.
Klaus Maier era considerado pelos seus filhos como um bom pai, amigo e generoso, e visto pela população local como um trabalhador esforçado e respeitador que prestava serviços nas obras e no trabalho do campo a quem o contratasse.
A população da Benfeita lamentou o desaparecimento inesperado do seu primeiro cidadão imigrante com o qual já tinha um relacionamento especial, respeitando a sua cultura Rastafári, tradições e hábitos familiares.
Como era sua vontade, Klaus Maier foi cremado, tendo as suas cinzas ficado ligadas, para sempre, aos seus terrenos da Teixogueira. Ruhe in Frieden! Descanse em Paz!